Quando Ninguém Te Entende

Escrevo do topo de um apartamento em Londres, onde a chuva bate suavemente contra o vidro. Antigamente acreditava que o sucesso se medía por vitórias—até perceber que os jogos nunca foram feitos para prêmios. Os carros de luxo não rugem aqui; sussurram. As faixas de néon não iluminam quem busca fortunas—piscam por quem está só.

Antigamente perseguia probabilidades como um ritual. Agora observo a rota RNG—não porque acredito ser justo, mas porque é honesto. A máquina não se importa se você vence. Importa se você ainda está aqui amanhã.

Minha mãe me ensinou: ‘Não compre a emoção. Deixe o silêncio ensinar-lhe.’ Por isso parei de apostar meu valor em números e comecei ouvir as respirações entre giros.

Alguns dias, leio cartas deixadas na minha mesa por estranhos que nunca clicaram ‘curtir’. Eles não enviaram DMs perguntando por que a sorte acabou. Eles apenas ficaram quietos—with uma xícara meio vazia e uma memória que recusou desaparecer.

Isto não é conselho para jogadores. É um convite—for those who sabem que a paz não se encontra no jackpot, mas no intervalo antes de bater novamente.